No acto de transferir ou iniciar um novo seguro a primeira decisão que tem de tomar é saber se escolhe um seguro de responsabilidade civil (contra terceiros) ou se opta pelo seguro de danos próprios (contra todos).
Como se sabe o seguro obrigatório por lei garante protecção dos ocupantes, e em alguns casos, a protecção do condutor, bem como a assistência em viagem. Refira-se que a inexistência do seguro obrigatório implica uma coima que pode chegar aos 2500 euros e a apreensão e venda em hasta pública do veículo.
Quanto aos seguros de danos próprios estes cobrem normalmente o que se encontra incluído no seguro obrigatório e outras coberturas como a quebra isolada de vidros, o choque, colisão e capotamento, o furto ou roubo e ainda incêndios, raios ou explosões.
O tomador de seguro pode ainda optar pela protecção contra fenómenos da Natureza (inundações, cheias, tempestades, etc.); riscos sociais e políticos (greves, manifestações); actos de vandalismo (caso não possua garagem, por exemplo); veículo de substituição. Tenha em atenção que quantas mais coberturas suplementares subscrever, maior será o prémio final a pagar.
Para além do leque diversificado de escolhas em termos de coberturas há ainda a considerar o valor da franquia. Na generalidade dos casos, as companhias de seguros utilizam uma franquia percentual que varia entre 2 e 20 por cento ou uma franquia fixa entre 250 e 750 euros. Note que quanto maior for a franquia, menor será o valor final a pagar.
Por exemplo, se o seu veículo novo tiver um valor comercial de 25 000 euros e a sua franquia for de 4 por cento, ou seja, 1000 euros, significa que qualquer reparação até esse valor será paga pelo tomador de seguro. Acima desse valor, a responsabilidade de pagamento da reparação é da companhia de seguros, ou seja, se o prejuízo for de 2000 euros, as partem pagam 50 por cento cada.
Segundo os especialistas só vale a pena contratar um seguro de danos próprios ou “contra todos” no caso do seu veículo ter menos de seis anos.